“Quem sou
eu?”
Essa é uma
das incessantes perguntas que muito ecoou na mente de filósofos, religiosos,
espiritualistas e muitos outros pensadores, na busca da verdade através dos
séculos.
Atravessam
a nossa mente uma série de pensamentos, alguns deles ‘tentando’ dizer ‘você é
isso’ ou ‘você é aquilo’… Aceitá-los ou não como sendo a Verdade sobre nós é
que nos faz acreditar em ‘eu sou isso’ ou ‘eu sou aquilo”. E acreditar em algo
tão mutável e vulnerável assim será mesmo a Verdade de ‘quem sou eu’?
Todo o
nosso auto conceito está fundamentado no que nós acreditamos que somos. E será que o que acreditamos está de acordo
com a Verdade do que somos realmente?
Se
prestarmos atenção, vamos perceber que dentro de nossa mente há vários ‘eus’,
desde um ‘eu bonzinho’ até um ‘eu mauzinho’.
A face que
mostramos, do lado de fora, geralmente, é a do “eu” mais aceitável. Ocultamos o
‘eu mauzinho’, para que não seja percebido. Mas nós o ouvimos lá, falando
dentro de nossa mente e, muitas vezes, buscando um espaço para manifestar-se.
Quem já
percebeu essa discussão ocorrendo dentro de sua mente?
Quase todos
nós já percebemos isso!! E essa é uma das causas de termos escolhido ter
pensamentos privados.
Se não
fosse assim a telepatia seria a nossa forma de comunicação, teríamos as nossas
mentes sempre trocando, compartilhando tudo o que pensamos. Mas, não queremos
isso, porque acreditamos que precisamos ter pensamentos privados, para que
consigamos esconder o nosso ‘eu mauzinho’, algumas vezes tão ‘desprezível’ e
com pensamentos e atitudes tão ‘vergonhosas’.
E quem
criou esse ‘eu bonzinho’ e esse ‘eu mauzinho’?
Certamente
pensamos que ‘não pensamos assim porque queremos’, mas não somos nós os
pensadores dos nossos pensamentos?
Então, nós
somos assim por culpa de quem???
(Olhe bem, observe sua mente… lá no
fundo, dentro de nós há essa resposta!)
Se a gente
for investigar os pensamentos que nos ocorrem, poderemos ‘des-cobrir’ que
acreditamos que somos assim por culpa ‘dos outros’.
Porque só
ficamos zangados, contentes, magoados, tristes, felizes, com expectativas,
porque ‘os outros’ nos negam ou nos dão as coisas que desejamos, e é por isso
que temos motivo para sentir raiva, ira, afeto, decepção, aceitação,
rejeição… E acabamos acreditando que a raiva, o ataque, a vingança são
justificáveis.
E nessa
forma de pensar, alguns chegam a acreditar que o tal ‘eu bonzinho’ é uma farsa,
que eles apenas fingem ser bonzinhos e acabam acreditando que esse ‘eu
mauzinho’ é o que realmente são.
Algumas
pessoas se confundem tanto que, com o tempo, acabam projetando para fora apenas
esse ‘eu mauzinho’, e são olhadas por alguns como ‘sem recuperação’ e, em
algumas sociedades, são condenados ao isolamento e até à morte!
Mas nada,
nada disso é o que somos.
Nós fomos
criados a imagem do nosso Criador, isso já falei várias vezes. E vejo que saber
isso também não resolve o problema de quem se sente inseguro, sem perspectivas,
sem a competência que gostaria para realizar isso ou aquilo, sem amor próprio,
sem auto admiração, com medo de se expressar, se relacionar ou refletir o que
sente em cada momento. O que pode solucionar esses pensamentos equivocados,
então?
Olhar para
dentro de sua mente e ver que nem o ‘eu bonzinho’ e nem o ‘eu mauzinho’ são o
seu verdadeiro ‘eu’. Por trás desses pensamentos que lhe causam medo, raiva,
intransigência ou uma gratificante sensação de amor quando seus interesses são
satisfeitos há um outro ‘Eu’ que apenas observa e experimenta. Esse ‘Eu’ não
pensa. Esse ‘Eu’ é o nosso ‘Ser’ e está aquém de qualquer julgamento, porque
Ele apenas observa, pois Ele não precisa fazer nada, o Espírito Santo é que tem
a função de correção da mente. O Espírito Santo se utiliza do "eu
bonzinho" para fazer essa correção.
O ‘eu’
bonzinho tende a escolher os comportamentos adequados e mostrar-se. E quanto
mais vamos tratando nossa mente, quanto mais aceitamos que ela seja corrigida,
mais ‘bonzinho’ vai ficando esse ‘eu’, porque agora o Espírito Santo se une a
ele para trazer a verdade à mente. Quem aprende é o ego, quem é ensinado e
corrigido é o ego. O verdadeiro ‘Ser’ que somos é imutável e detém todo o
conhecimento que Deus lhe deu. Foi a mente que se confundiu, mas já foi restituída
por Deus na Eternidade. E a medida que o medo vai sendo compreendido, deixado
de lado e, assim, deixado de ser experimentado, mais e mais esse ‘eu bonzinho’
irá mostra-se e o ‘eu mauzinho’ será esquecido, até diluir-se no nada que
sempre foi essa ilusão de ‘ser’. Esse ‘eu bonzinho’ não é a verdade do “Ser”
que Deus criou, é apenas o reflexo Dele! Mas após à mente ser restituída, mesmo
que simbolicamente, a Verdade, Deus dará o passo final, devolvendo-lhe o
Conhecimento de Si Mesma, de Quem é Deus e do que É a Criação.
Esse ‘Ser’
que observa é o que se une e se vê ligado a todos os outros “eus”, mesmo que em
pequenos instantes. Seja na troca de um olhar, no sorriso, na gentileza e na
gratidão. Não são palavras que nos unem, mas a pura aceitação. Aí sim, estamos
expressando a Verdade em nós.
Cada
pensamento de não aceitação a alguém, refletirá como um pensamento de não
aceitação a nós mesmos, porque o que está na mente e é dado, permanece na mente
e é recebido.
Esses
pensamentos de rejeição que atravessam a nossa mente podem ser aceitos ou não,
isso só depende de nossa escolha.
Quando
rejeitamos alguém estamos abrindo brecha para nós sentirmos rejeição por nós
mesmos. Isso gerará insegurança, porque gerará medo de não ser aprovado.
Gerará
falta de perspectivas e senso de incompetência, porque o que pode acrescentar
um alguém que é ‘reprovável’?
E qual a
segurança em ser aceito e de se expressar que sentirá alguém com falta de auto
admiração e amor próprio? E quem vai querer se relacionar com alguém que se
sente assim??? Lógico que alguém que pense tudo isso de si mesmo vai
experimentar coisas que não quer e nem mesmo compreenderá porque está
experimentando isso!! Seus pensamentos irão se refletir em suas experiências
cotidianas de alguma maneira e isso é apenas a lei de causa e efeito em
movimento.
Não somos
nós quem determinamos ‘Quem somos nós’: é Deus!
Deus pensa
o que Ele quiser, e Ele pensa que Somos Perfeitos, então somos!!!!
Aqui nesse
mundo, onde a Verdade foi negada, Ele fez uma gambiarra Magistral: Criou o
Espírito Santo e nos deu!
Como fazer
a gambiarra dar certo? Aceitando a correção da mente, quanto antes melhor!
Precisa do
que para isso? Disponibilidade!
A
disponibilidade precisa ser integral, total, perfeita? Não, porque o Espírito
Santo já é perfeito.
Qual o
método para essa correção? Aceitá-la e ‘Dar e receber’.
Dê a sua
mente a Ele e receberá correção de sua mente por Ele.
Dê amor e
receberá amor.
Dê
aceitação e receberá aceitação.
Dê paz e
receberá paz.
Dê
inocência e receberá inocência.
Dê
credibilidade e receberá credibilidade.
Dê tudo e
receberá tudo.
Dê para
receber, não há nenhum demérito em dar para receber!
Nós
merecemos receber todas as bênçãos que Deus quer nos dar! O nosso verdadeiro EU
é incompreensível e intangível por qualquer ‘eu’ que possamos inventar. Somos
plena e eternamente irrepreensíveis!
Não dê o
que você não quer receber, porque ficará na sua mente e se refletirá em suas
experiências.
Abandonar o
auto conceito que fizemos de nós em troca do verdadeiro conceito que Deus tem
de nós é uma questão de decisão. Ele apenas aguarda, silencioso e paciente,
porque, para Deus, nada mudou! O Filho de Deus é igual a Ele, Um com Ele e como
Ele criou.
O filho de
Deus é inocente e irrepreensível!
beijos, amores!